
Você já sentiu os olhos arderem após horas na frente da tela? Ou acordou com a visão meio embaçada, como se o mundo tivesse passado vaselina no seu campo de visão? Pois saiba que esses sintomas podem estar ligados a algumas das doenças oculares mais comuns — e muitas delas chegam de mansinho, sem fazer alarde.
Miopia, catarata, astigmatismo, conjuntivite, glaucoma… o cardápio é variado, mas o impacto pode ser profundo se ignorado. A boa notícia? A maioria desses problemas pode ser tratada (ou até evitada!) com diagnóstico precoce.
Na hora de escolher um consultório, é importante verificar se o profissional possui especialização, se o espaço utiliza equipamentos modernos e se há boas referências de atendimento. Garantir esses cuidados é essencial para ter segurança e resultados confiáveis no acompanhamento da saúde ocular. Nessas horas, não hesite, procure um oftalmologista e assegure-se de estar cuidando da sua visão com quem realmente entende do assunto.
Quais os tipos de doenças oculares mais comuns?
- Miopia
A miopia é uma condição refrativa comum que afeta a capacidade de enxergar objetos distantes com clareza. Isso ocorre quando a luz que entra no olho é focalizada na frente da retina, em vez diretamente sobre ela. Pessoas com miopia podem ter dificuldade em ler placas, assistir televisão ou enxergar com nitidez em ambientes abertos. O uso de óculos ou lentes de contato é uma solução frequente para corrigir essa deficiência visual.
O desenvolvimento da miopia pode estar relacionado a fatores genéticos, além de passar muito tempo em atividades que exigem foco próximo, como leitura e uso de dispositivos eletrônicos. A combinação desses fatores aumentou a prevalência da miopia nas últimas décadas, especialmente entre crianças e adolescentes.
Tratamentos como a ortoceratologia, que utiliza lentes especiais para moldar a córnea durante o sono, têm se tornado populares como alternativas temporárias, permitindo que indivíduos com miopia tenham uma visão clara durante o dia sem a necessidade de óculos.
- Hipermetropia
A hipermetropia é outra condição refrativa que resulta na dificuldade em focar objetos próximos. Neste caso, a luz que entra no olho é focalizada atrás da retina. Pessoas com hipermetrofia podem ter dificuldades para ler, escrever ou realizar trabalhos manuais com precisão durante longos períodos. O cansaço ocular e dores de cabeça são sintomas comuns associados a essa condição.
Os fatores que contribuem para a hipermetropia incluem hereditariedade e alterações naturais relacionadas à idade. Com o passar do tempo, a elasticidade do cristalino diminui, tornando mais difícil a adaptação para ver objetos próximos, o que pode agravar a hipermetropia, especialmente em adultos mais velhos.
Tratamentos comuns incluem o uso de óculos, lentes de contato e cirurgia refrativa. A escolha do tratamento ideal depende da gravidade da condição e das necessidades visuais individuais, proporcionando alívio e melhorando a qualidade de vida diária.
- Catarata
A catarata é uma opacidade que se forma no cristalino do olho, levando a uma visão embaçada e distorcida. Essa condição é mais comum em pessoas idosas, mas também pode desenvolver-se devido a fatores genéticos, lesões oculares e uso prolongado de certos medicamentos. Os sintomas incluem dificuldade para enxergar à noite, sensibilidade à luz e cores desbotadas.
O tratamento mais eficaz para a catarata é a cirurgia, que envolve a remoção do cristalino opaco e sua substituição por uma lente intraocular. A cirurgia é um procedimento seguro e altamente eficaz, que pode restaurar a visão em muitos casos. A maioria dos pacientes experimenta melhorias significativas na qualidade de vida após o procedimento.
A prevenção da catarata pode incluir o uso de óculos de sol para proteger os olhos dos raios UV, manter um estilo de vida saudável e ter consultas regulares ao oftalmologista para monitorar a saúde ocular.
- Glaucoma
O glaucoma é uma doença ocular que se caracteriza pelo aumento da pressão intraocular, que pode danificar o nervo óptico e levar à perda de visão irreversível. Muitas vezes, a condição não apresenta sintomas iniciais, o que torna exames regulares essenciais para detecção precoce. O glaucoma pode ser classificado em diferentes tipos, incluindo glaucoma de ângulo aberto e de ângulo fechado.
Fatores de risco incluem histórico familiar, idade avançada e condições médicas como diabetes. O tratamento é focado na redução da pressão intraocular, através de colírios, medicamentos orais ou cirurgia, dependendo da gravidade da doença. O diagnóstico e tratamento precoces são cruciais para preservar a visão e evitar complicações graves.
Consultas regulares ao oftalmologista permitem monitorar a pressão ocular e a saúde geral dos olhos. O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível e uma abordagem proativa é fundamental para prevenir a perda de visão.
- Degeneração Macular
A degeneração macular relacionada à idade (DMAE) é uma condição que afeta a mácula, a parte central da retina responsável pela visão detalhada. Essa condição pode resultar em perda da visão central, dificultando atividades como ler, dirigir e reconhecer rostos. A degeneração macular é mais comum em pessoas acima de 50 anos e pode ser classificada como seca ou úmida.
Fatores de risco incluem idade, histórico familiar e hábitos de vida, como tabagismo e dieta pouco saudável. Embora não exista cura definitiva, tratamentos como injeções de medicamentos, terapia fotodinâmica e fotocoagulação a laser são opções que podem ajudar a controlar a progressão da doença.
Como saber se preciso procurar um oftalmologista?
Sinais como visão embaçada, dificuldade para enxergar de perto ou de longe, dor frequente nos olhos, excesso de lacrimejamento, sensibilidade à luz, manchas ou pontos luminosos no campo de visão e dificuldade de adaptação à claridade são indicativos claros.
Além disso, dores de cabeça constantes, principalmente após esforço visual, podem estar relacionadas a problemas de refração não corrigidos.
Mesmo sem sintomas, pessoas acima de 40 anos, crianças em idade escolar e quem possui histórico familiar de doenças oculares, como glaucoma e catarata, devem realizar consultas periódicas. Isso porque muitas enfermidades se desenvolvem de forma silenciosa e, quando identificadas tardiamente, já podem ter causado danos irreversíveis.
Exames para diagnosticar doenças nos olhos
O exame de acuidade visual avalia a nitidez da visão, sendo o mais comum nas consultas iniciais. A tonometria mede a pressão intraocular, fundamental para identificar o glaucoma.
A fundoscopia, ou exame de fundo de olho, permite observar a retina, nervo óptico e vasos sanguíneos, auxiliando no diagnóstico de diabetes ocular e degeneração macular. Já a biomicroscopia, realizada com uma lâmpada de fenda, possibilita uma visão detalhada das estruturas anteriores do olho, como córnea, íris e cristalino, sendo essencial para detectar catarata ou infecções.
Outros testes, como a paquimetria (espessura da córnea) e a topografia corneana, ajudam a identificar ceratocone e outras alterações corneanas. Em casos mais específicos, exames de imagem como a tomografia de coerência óptica (OCT) fornecem detalhes minuciosos da retina.
Por Felipe Cardoso






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