5 efeitos psicológicos da quarentena e como lidar com eles

Os efeitos psicológicos do confinamento podem piorar com o passar dos dias. É necessário saber quais estratégias e abordagens mentais devemos ter para lidar melhor com essa circunstância, ajudando a nós mesmos e também aos outros.

Vários países já aplicaram medidas de confinamento para a população. É verdade que alguns fazem isso de maneira flexível e outros com protocolos mais rígidos. O objetivo não é outro senão proteger a nós mesmos e reduzir a taxa de infecções pelo coronavírus. No entanto, há também um fator decisivo que deve ser abordado: os efeitos psicológicos da quarentena por COVID-19.

Para enfrentar o dia a dia da melhor maneira, não há outra opção além de se conscientizar e adotar uma série de estratégias mentais. Não existe uma receita magistral que possa servir a todos nós, especialmente porque cada pessoa terá que passar por circunstâncias muito particulares.

As únicas referências científicas de que dispomos sobre casos semelhantes foram publicadas há alguns dias na revista The Lancet. Neste trabalho, especialistas analisaram as quarentenas realizadas nas últimas décadas como efeito do SARS, em 2003, do Ebola, da influenza A (H1N1) e do MERS, que ocorreu no Oriente Médio. Em todas essas experiências relativamente recentes, os efeitos da angústia psicológica foram evidentes.

Portanto, é necessário conhecê-las para tentar enfrentá-los, gerenciá-las e reduzir seu impacto. Com informações e ferramentas, todos nós, nos apoiando mutuamente, poderemos suportar muito melhor esses dias.

Pandemia de coronavírus

5 efeitos psicológicos da quarentena

Ninguém nos preparou para uma pandemia. Também é verdade que há momentos em que experimentamos uma sensação de irrealidade; vemos o mundo pela janela e custamos a aceitar que o que está acontecendo é real.

Sentir isso é completamente normal e mais uma fase nesse processo tão delicado que é a aceitação. Devemos assumir que estamos diante de um momento complicado e, acima de tudo, inesperado.

Isso significa que por não termos passado por isso antes nos sentimos menos preparados? A resposta é não. Estamos preparados para quase tudo, desde que aceitemos a realidade.

A melhor defesa contra qualquer circunstância adversa é a informação e a capacidade de reagir. Vejamos, portanto, quais são os efeitos psicológicos da quarentena que podemos sofrer e o que fazer diante deles.

1. A angústia causada pela incerteza: quanto tempo isso vai durar?

O pior inimigo em tempos de adversidade é a incerteza, o fato de não saber o que vai acontecer. No momento, não sabemos quantos dias ou semanas nosso confinamento pode durar para achatar a curva de contágio. Portanto, devemos levar em conta as seguintes dimensões:

  • A ansiedade se alimenta da dúvida e da incerteza. Se nos perguntarmos continuamente quanto tempo isso pode durar, a angústia será maior. Não devemos alimentar a mente ansiosa.
  • Lembremos a razão pela qual estamos em quarentena: reduzir o contágio, proteger a nós mesmos e as pessoas mais vulneráveis.
  • Devemos nos concentrar no momento presente. É a única coisa que importa, o aqui e o agora, cuidar de nós mesmos.
  • Ocupemos nossa mente para focarmos no momento presente: Ler, assistir séries, filmes, montar quebra-cabeças, conversar com amigos, familiares…

2. Medo de ser infectado, medo de perder alguém que amamos

Um dos efeitos psicológicos mais evidentes da quarentena é o medo de ser infectado. Além disso, às vezes é ainda mais assustador pensar que alguém próximo e vulnerável pode ser infectado. Como controlar esses pensamentos?

  • Precisamos aceitar esse medo e validá-lo, mas sem entrar em pânico: a doença é contagiosa e há perdas. No entanto, uma vez que que assumimos esse fato, dispomos de mecanismos para enfrentá-lo melhor.
  • Devemos tomar as medidas necessárias para evitar o contágio, mas sem ficar obcecados, sem que isso nos leve a comportamentos obsessivo-compulsivos. Da mesma forma, reduzir (na medida do possível) o medo de que pessoas próximas sejam infectadas se baseia na mesma estratégia: protegê-las e lembrá-las de cuidar de si mesmas.
  • Por outro lado, se você testar positivo para o COVID-19, lembre-se de que, em boa parte dos casos, a doença pode ser transmitida em casa ainda que as medidas de isolamento apropriadas sejam tomadas. Devemos estar cientes dos sintomas o tempo todo.

3. Estresse por falta de contato social

Os seres humanos são seres sociais acostumados a hábitos e rotinas. Quando isso se quebra repentinamente, o cérebro dispara um alarme e experimenta um alto nível de estresse.

Essa mudança abrupta e inesperada pode ser bem administrada por 5 ou 10 dias. No entanto, após 12 dias, podemos sentir como a angústia aumenta.

Sentimos falta de pessoas, dos familiares que não estão perto de nós. Ansiamos por nossas rotinas. O que podemos fazer diante disso?

  • Nessa situação, a tecnologia está a nosso favor. As ligações telefônicas, as mensagens e as videochamadas são as nossas melhores aliadas.
  • Por outro lado, para aliviar a angústia que o cérebro experimenta quando seus hábitos são quebrados, é essencial ter rotinas claras em relação ao trabalho em casa, ao lazer, ao descanso e aos exercícios físicos.

4. Efeitos psicológicos da quarentena: o que será de mim quando isso acabar?

O fim desta pandemia dará início à era pós-coronavírus. Um dos efeitos associados à quarentena é nos perguntar o que será de nós. Perderei meu emprego? O que será da economia global? E se eu perder um ente querido, o que farei? 

A angústia psicológica em relação ao futuro pode ser imensa. Devemos racionalizar, evitar pensar em eventos negativos que ainda não aconteceram.

Lidar com um confinamento requer controlar nossa mente, e isso, mais uma vez, envolve prender-se ao momento presente. Lembremos: a única coisa que importa agora é cuidar de nós mesmos para cuidar de outras pessoas.

Mãe brincando com os filhos

5. O peso da convivência em casa ou do isolamento solitário

Nós sabemos disso: ficar em quarentena em casa com outros membros da família pode ser uma bênção ou uma maldição. Não é fácil ficar juntos por tanto tempo; se tivermos filhos, devemos entretê-los para evitar o tédio e despertar sua alegria em dias difíceis.

A chave nessas circunstâncias é a atitude. Mantenhamos uma abordagem construtiva e positiva para fortalecer ainda mais os laços com os nossos familiares.

Usemos também a criatividade para que cada dia seja único. Estarmos juntos e cuidarmos uns dos outros é o melhor que podemos fazer. Por outro lado, também vale lembrar que muitas pessoas passam esses dias em solidão.

Nesse casos, é vital fortalecer o contato por meio da tecnologia. As conversas, as mensagens e as videochamadas devem ocupar uma parte do seu tempo para que você se sinta conectado, apoiado e amado à distância.

Pitaco: Sabemos que essa situação exigirá o melhor de nós mesmos. Portanto, estejamos preparados, consideremos os efeitos psicológicos da quarentena e aprendamos a gerenciá-los.

amenteemaravilhosa

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34 respostas para 5 efeitos psicológicos da quarentena e como lidar com eles

  1. Naty Hadassa disse:

    Nossa é difícil se manter sã, mas sabendo como lidar, facilita.
    Valeu pelas dicas.

  2. Já estou com esses efeitos… Agora é se livrar deles…

  3. Bem oportuno. Obrigada!

  4. Paco disse:

    Valeu!

  5. VRblog disse:

    Bem isso que eu precisava. Valeu

  6. Zem disse:

    É muito bom saber como lidar com eles.

  7. zezaros disse:

    Não tem como fugir. Muito bom.

  8. Fadabela disse:

    Ótimo artigo.

  9. Saltibum disse:

    É difícil de lidar mesmo. É um momento complicado mesmo.

  10. Sempre Alerta disse:

    É importante saber lidar com eles. Parabéns!

  11. revistasmais disse:

    Parabéns pelo artigo!

  12. fulvialuna1 disse:

    Non è facile, ma ci si può organizzare anche mentalente e si supera.

  13. natuurfreak2 disse:

    Het is moeilijk.Ben alleen en weinig contact met anderen maar het moet nuom ons aan de regels te houden om erger te voorkomen

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