A chave da felicidade

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A felicidade é uma das palavras mais difíceis de definir. A felicidade do místico não tem nada a ver com a do homem poderoso ou da pessoa comum.

Assim como na vida cotidiana encontramos diferentes definições para a felicidade, na filosofia também existem diferentes abordagens para o tema.

“Todos os mortais estão em busca da felicidade, um sinal de que nenhum deles é feliz”.
Balthazar Gracian

A Chave Da Felicidade Segundo: Aristóteles, Epicuro, Nietzsche, Ortega E Slavoj Zizek

Aristóteles e a felicidade metafísica

Para Aristóteles, o mais proeminente dos filósofos metafísicos, a felicidade é o maior desejo dos seres humanos. Do seu ponto de vista, a melhor forma de conseguir ser feliz é através das virtudes. Cultive as boas virtudes e alcançará a felicidade.

Segundo Aristóteles, a felicidade é um estilo de vida: o ser humano precisa exercitar constantemente o melhor que tem dentro dele.

É preciso cultivar também a prudência de caráter e ter um bom “daimon” (boa sorte), para alcançar a felicidade plena. Por isso, a sua tese é conhecida como “eudaimonia”.

Aristóteles forneceu a base filosófica sobre a qual foi edificada a igreja cristã. Por isso, existe uma grande semelhança entre o que este pensador propôs e os princípios das religiões judaico-cristãs.

Epicuro e a felicidade hedonista

Epicuro era um filósofo grego que teve muitas contradições com os filósofos metafísicos. A diferença entre eles é que ele não acreditava que a felicidade provinha somente do mundo espiritual, mas também tinha muito a ver com as dimensões terrenas.

Ele fundou a “Escola da Felicidade” e a partir dela chegou a conclusões muito interessantes.

Ele postulou o princípio de que o equilíbrio e a temperança davam origem a felicidade. Essa abordagem se reflete em uma das suas grandes máximas: “Nada é suficiente para quem o suficiente é pouco”.

Ele acreditava que o amor, ao contrário da amizade, não tinha muito a ver com a felicidade. Insistia na ideia de que não devemos trabalhar para adquirir bens materiais, mas por amor pelo que fazemos.

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Nietzsche e a crítica da felicidade

Nietzsche acreditava que viver pacificamente e sem qualquer preocupação era um desejo das pessoas medíocres e que não valorizam a vida.

Para ele, “estar bem” graças a circunstâncias favoráveis ou a boa sorte não é felicidade. Isto é uma condição efêmera que pode mudar a qualquer momento.

Estar bem seria uma espécie de “estado ideal de preguiça“, onde não existem preocupações e sobressaltos.

Em vez disso, a felicidade é força vital, espírito de luta contra todos os obstáculos que restrinjam a liberdade e a autoafirmação.

Então, ser feliz é ser capaz de provar dessa força vital, através da superação de dificuldades e criando formas diferentes de viver.

José Ortega y Gasset e a felicidade como confluência

Para Ortega y Gasset, a felicidade é definida quando “a vida projetada” e a “vida real” coincidem. Ou seja, quando a vida que desejamos coincide com o que realmente somos.

Este filósofo observou que se nos perguntarmos o que é felicidade, encontraremos facilmente uma primeira resposta: a felicidade consiste em encontrar algo que nos satisfaça plenamente. 

Mas, na verdade, essa resposta não faz sentido. O que é esse estado subjetivo de satisfação plena? Além disso, quais são as condições objetivas para que algo consiga nos satisfazer”?

Todos os seres humanos têm potencial e desejo de ser feliz. Isto quer dizer que cada um define o que irá fazê-lo feliz; se conseguir construir a sua vida de acordo com os seus desejos, será feliz.

Slavoj Zizek e a felicidade como paradoxo

Este filósofo acredita que a felicidade é uma questão de opinião, e não de verdade; ele a considera um produto dos valores capitalistas que prometem implicitamente a satisfação através do consumo.

No entanto, o ser humano é um eterno insatisfeito porque na realidade não sabe o que quer.

As pessoas acreditam que se alcançarem algo melhor (comprar uma casa, elevar o seu status, etc), poderiam ser felizes. Mas, na realidade, inconscientemente o seu desejo é outro e por isso permanecem insatisfeitos.

Pitaco: E para você, o que é felicidade? Para mim é fazer com que vocês sintam a mesma felicidade e o mesmo entusiasmo que sinto a cada vez que vejo como que minha vida melhorou ajudando as pessoas a descobrirem como melhorar suas vidas.

Texto de Edith Casal 
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27 respostas para A chave da felicidade

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  4. JCDattoli disse:

    Muito boa essa postagem. Parabéns!

  5. Paco disse:

    Felicidade é realmente um estilo de vida. Abs

  6. Zezinha disse:

    Ótimo post, beijos

  7. irusja11 disse:

    This is so inspiring! I love the post:)

    irenethayer.com

  8. Amei. Felicidade interior em primeiro lugar.

  9. Antes de tudo, ótimo texto! Parabéns! A felicidade por vezes parece um assunto muito subjetivo, cada um nos aponta um lado para responder essa questão, dando respostas pessoais que se baseiam muitas vezes na vivência que a pessoa teve. Ao meu ver, felicidade é algo muito simples, nós que complicamos e tentamos coloca-la dentro de um quadrado. Partilho da visão de Mario Quintana que diz: “Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
    Procede tal e qual o avozinho infeliz:
    Em vão, por toda parte, os óculos procura
    Tendo-os na ponta do nariz!”
    Acho que a felicidade tal como o óculos está sempre por perto de nós, basta olharmos pro lugar certo.
    Abraços

  10. A Aleatória disse:

    Nossa! O conceito de felicidade é realmente muito complexo e plural.. gostei muito do post, vou ler de novo mais tarde. Bju

  11. Renata Soares disse:

    Nossa é muito dificil definir a felicidade eu acho que são emocões momentaneas, porque ninguem é feliz todo tempo, temos apenas momentos de felicidades hehe..Adorei o post..
    Bjuss
    http://www.petitluxo.com

  12. fulvialuna1 disse:

    Dico sempre che il concetto di felicità è molto personale, ognuno di noi la vive a modo suo. Personalmente la felicità è nel mio risveglio la mattina e nella giornata che affronto, non voglio altro, qualsiasi cosa arrivi la voglio affrontare. E allora se sono in grado di farlo come non posso essere felice?
    Comunque i filosofi sono anche influenzati dalle epoche vissute, ma diversi pensieri loro mescolati potrebbero davvero dare un senso alla parola felicità, presi uno per uno…ne dubito.

  13. Eu não tenho uma definição do que é a felicidade, senão a que é um estado sólido que possuímos dentro de nós. A alegria e tristeza são vulneráveis às circunstâncias, mas a felicidade não, desde que se saiba o que traz a felicidade.
    Jesus Cristo, no sermão do monte, fala das “bem-aventuranças”, o que faz-nos “mais que felizes”. Então, acredito que a prática das palavras de Cristo trazem um estado pleno e sólido de felicidade, sem a necessidade exata de sorrir o tempo inteiro e nem mesmo sem a necessidade de classificar a felicidade.
    O bom da felicidade é vivê-la! 😀

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